A pensar no meu mano caçula
Mas antes, um pouco de cultura gastronómica.
Daniel David de Silva era o proprietário do restaurante Regaleira. Motivado pela pobreza extrema, Daniel mudou-se para a Bélgica ainda novo e lá encontrou trabalho no ramo da restauração. “Ficou por lá uns bons anos” mas as saudades de casa falaram mais alto e acabou por regressar com a vontade de montar “uma casa de comidas” bem sucedida. “Ele trouxe a ideia do croque monsieur e tentou servir isso cá”. A ideia não pegou, mas Daniel estava convicto de que dali podia sair alguma coisa boa. Entretanto “tinha feito uma coisa nova, uma invenção”: uma sanduíche generosa, banhada a queijo derretido e molho alaranjado. “Um prato do caraças! Uma coisa picante, muito agradável… Porque não chamar-lhe «Francesinha»?”
À partida a ligação pode não fazer muito sentido, mas ela existe: “Na altura, as mulheres portuguesas eram muito conservadoras, mas as francesas não, eram bem mais liberais e confiantes.” “As catraias francesas” faziam-lhe lembrar as características do prato e ficou assim. “Depois deste batismo não serviu de nada tentar chamar-lhe outra coisa qualquer.”
Algo muito muito positivo em ser vegetariana é o poder de criatividade e de reinvenção de pratos tão característicos como este: a Francesinha à moda do Porto.
De cada vez que a recrio, deixo-me levar pela vontade, pelo desejo de aromas e paladares, pela necessidade de repor nutrientes ou de fazer um loading para o treino do dia seguinte. Não há limites na cozinha sem crueldade! Há amor e muita boa energia!
De que é que precisam? Bem, sintam-se livres para seguir a(s) receita(s), adaptando-as aos ingredientes que têm ao vosso dispor ou a que dão preferência.
«Francesinha especial caseira com cogumelo portobello» terá sido das minhas primeiras criações!
– pão de forma Granello+S.Girassol S/Glúten BIO SCHNITZE
– tomate
– pimento
– tofu Próvida (disponível na Clorofila)
– salsichas vegetarianas
– queijo
– cogumelo portobello
Quando forem para a cozinha, liga o forno na temperatura máxima. Eu costumo só pré-aquecer metade do forno (a metade de cima). Mas deixo ao vosso critério. O forno será para, depois da francesinha montada, levá-la a derreter o queijo por todo e, se gostarem, a gratinar / dourar um pouco. Se acharem que, pelo custo de luz / gás, não se justifica, podem derreter no microondas.
Quanto às batatas, elas são a prioridade, para mim. Como não gosto de fritos, uso a Actifry. Corto as batatas em cubos pequeninos e, sem qualquer gordura, coloco na Actifry, selecionando 60 minutos (que é o tempo que demoram a ficar prontas cerca de 700gr – para nós os dois cá em casa).
De seguida:
1) Podem tostar ou não o pão. É uma questão de gosto e a vantagem de fazerem em casa. Se o pão já tem uma boa firmeza, eu aconselho a que não o tostem. Tosta-se, precisamente, para que fique mais firme e não se fragmente com o peso do queijo e do molho.
2) Grelhar duas fatias de tomate, um quadrado de pimento, uma salsicha cortada ao meio e aberta em duas e um quadrado fino de tofu.
3) Montar a francesinha e, por fim, no topo, colocar o gogumelo portobello.
4) Cobrir com fatias de queijo (eu costumo colocar uma para cada lado e rematar com outra a “unir” essas quatro arestas no topo).
5) Levar ao forno até estar no ponto do queijo derretido que vos agrade.
O molho
Afinal, sempre ouvimos dizer que “o segredo está no molho“.
Vão precisar de:
1) colocar polpa de tomate numa panelinha em lume brando. A polpa é logo a base, por isso, coloquem uma porção que considerem adequada ao vosso gosto. Cá em casa gostamos muito de por a Francesinha a nadar, pelo que uso cerca de 500gr – às vezes mais e, se sobrar, guardo no frigorífico para uma próxima refeição;
2) desfazer uma colher de café de miso de arroz integral em cerca de 2dl de Camellia kombucha e juntar à polpa de tomate;
3) acrescentar um folha de louro partida em 4, meia dúzia de grãos de pimenta e meia colher de pimentão doce;
4) entretanto, adicionar 1 colher de café de molho de soja ou vinagre balsámico Oliveemotion;
5) deixar ferver por cerca de 1′, mexendo sempre. Se tiverem uma placa que mantenha a resistência quente, podem desligar depois do tempo de fervura; se não, coloquem no mínimo até que seja a altura de regar a francesinha.
Se virem que o molho está muito compacto, juntem, pouco a pouco, dos ingredientes líquidos.
Caso esteja muito ácido, juntem um pouco de bebida vegetal, gradativamente.
Na situação de ficar muito líquido, acrescentem, um pouco de ágar-ágar.
A origem dos produtos em causa pode levar a resultados diferentes. É por isso que partilho estas estratégias – porque já se passou comigo mas não há necessidade de pensarem que o molho está arruinado: é só retificar.
Quando a francesinha estiver no ponto, retirar do forno e regar com o molho em abundância para que o pão fique encharcado – nós gostamos assim! Depois, é só juntar as batatas e… sentarem-se à mesa para apreciar o momento tão merecido!
«Francesinha recheada com alheira» vai buscar o sabor dos enchidos portugueses!
– pão de forma
– tomate
– pimento
– tofu
– recheio da alheira vegetariana Agramonte (disponível na Clorofila)
– queijo
– cogumelo portobello
1) e 2) são passos a repetir. Atenção: não grelham a alheira.
3) Para montar a francesinha, usam parte do recheio da alheira para barrar as fatias de pão e preencher o cogumelo portobello.
Depois, colocam o tomate, o pimento, o tofu, o cogumelo e fecham com a segunda fatia de pão.
4) é o mesmo passo que na primeira sugestão.
«Francesinha caseira com burguér e azeitona» para quando percebem a liberdade que têm
Usem e abusem daquilo que têm vontade de comer! Vocês já estão em alinhamento com o bem! Vocês já estão a criar pratos sustentáveis, que contribuem para a proteção do ambiente e dos animais e para que estejam mais saudáveis!
Se têm a intenção de replicar a receita do Daniel David de Silva, informo-vos de que encontram no mercado todos os ingredientes de que necessitarão, desde as salsichas até à mortadela, passando pelo fiambre!
Espalhem a mensagem, cativando à mesa!
#contágiopositivo #ucan
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Têm ainda mais receitas sem crueldade n’O Blog para recriar pratos típicos, como por exemplo: Alho Francês à Brás.
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