Taça PT Feminina: problema ou solução?

Há duas pessoas que eu tenho em grande consideração no ciclismo que pautam a sua ação pela seguinte máxima “Contem comigo para ser parte da solução nunca para agravar o problema”.

Pois bem, pedalando aos ombros destes dois gigantes, pretendo eu ver mais além…

E vai daí, dei por mim, hoje, a sentir um fervilhar de fermentação de ideias, projetos, possibilidades… Eu sei lá, caríssimos; mas, qui sait, a solução para os grandes problemas do ciclismo feminino nacional!

Nah! Nops! Nada disso! Puro devaneio Vicentino! Pudesse eu contribuir para os sufrágios pelo calendário da Taça de Portugal Feminina!

Ora então: com que matizes tenho eu pintado os meus pensamentos sobre esta temática?

Dei por mim a cogitar que:

  1. A Federação Portuguesa de Ciclismo delegaria às treze Associações de Ciclismo a missão de organizarem uma etapa da Taça de Portugal Feminina de Estrada. Estou convicta de que, agilizando profícuas sinergias, partilha de conhecimentos, soft skills e os recursos necessários, os órgãos envolvidos facilmente ergueriam pórtico! Urrah! E isto sim, seria uma Taça de Portugal a percorrer o país de lés a lés, promovendo a igualdade de oportunidades geográfica, levando o ciclismo até às pessoas, nas suas terras! Que chamariz! Que rampa de lançamento para “A Grandíssima Feminina”!
  2. A Taça de Portugal dos Elites e Sub-23 Masculinos de Equipas Continentais e de Clube seria otimizada e convertida numa jornada dupla em equidade de género. Uma vez que as diligências já estão realizadas, que o cenário já está assentado, que as estruturas já foram montadas, é só tirar partido disso e fazer rentabilizar todo o investimento. Parece simples e lucrativo, certo? Tipo “lei da economia de esforços”! Uma vez mais, quem sai a ganhar é o ciclismo nacional num todo, pois vejam bem a festa de pedal que estaríamos a proporcionar aos portugueses! Isto sim: verdadeiro espetáculo para o povo!
  3. As provas organizadas para os Juniores masculinos poderiam (voltar a) integrar a categoria das femininas – “Volta, Catarina, que sempre por nós zelaste!”. Levar uma prova para a rua tem um determinado caderno de encargos incontornável. Uma vez posto em ação esse caderno, não me parece que faça muita diferença se há uma ou duas horas de partida! Os recursos humanos já foram recrutados. Os comissários já lá estão! O que é que vai mudar? Serão necessários mais agentes de autoridade por causa do trânsito? Não o penso! Mesmo que as femininas partissem entre cinco a dez minutos depois: a) não alcançariam os juniores; b) não passariam nos mesmos pontos de interseção muito tempo depois, pelo que não representa condicionamentos extra para a circulação automóvel e respetiva supervisão policial. O dinheiro já está investido! Ponto! Faça-se o que deve ser feito e o que deve ser feito é o bem, é a promoção da equidade, a oferta de oportunidades! Todos pagamos licenças! Nós femininas e os clubes das femininas não pagamos menos por termos menos provas – ou pagamos? Portanto, direitos do consumidor chamados à mesa (ainda acabamos a solicitar intervenção da DECO), apenas estamos a reclamar um serviço que adquirimos!
  4. Os clubes, devidamente apoiados pela Federação e respetiva Associação de Ciclismo em que se filiarem, lograriam em organizar uma das etapas da Taça de Portugal Feminina de Estrada. Nada! Isto não é retórica! Non! Non! Non! Je parle en connaissance de cause! Não estou a falar de uma torre de marfim afastada da realidade. Pois é, é que é um facto: não há muitos anos, mas durante algumas épocas, também eu fiz parte da Direção de um Clube de BTT e fazíamos grandes esforços (é certo) para enriquecer o calendário do campeonato Regional do Minho com uma prova na terra onde tinha a nossa equipa morada. Retomando o que escrevi: “fazíamos grandes esforços” porque nunca foi tarefa fácil pagar filiações, equipamentos, despesas de deslocação e alojamento e ainda recolher verba financeira para suportar os custos de montar uma prova. Porém, fizemo-lo! E se um clube pequeno como o nosso conseguiu, o que impede outros nunca menores, contudo bem mais patrocinados, de o fazer? Pergunta que não quer calar!

Inspirada por uma grande mulher, bem-sucedida profissional, ótima mãe, inquestionável amiga, que temos o privilégio de ter como nossa Diretora, Cristina Azevedo, e por um homem altruísta, profissional próspero, pai cuidador, que tenho o privilégio de ter como meu Diretor Desportivo, Nuno Monteiro: contem comigo para fazer parte da solução; nunca para compactuar com construtores de obstáculos e de polémicas!

Artigo originalmente escrito para a minha colaboração mensal com o Jornal de Guimarães na Coluna relativa a fevereiro ’24.

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