Artigo originalmente publicado na edição de dezembro em Tempo de Jogo
Não admira assim que o comum dos cidadãos e dos utilizadores das vias ainda não tenha dado conta da melhoria das condutas, utilização, condução e respeito por regras de circulação.
Houve aí uns meses em que se fizeram manchetes a apregoar o investimento de três milhões de euros da “bazuca” europeia na compra de bicicletas destinadas aos alunos do segundo ciclo do ensino básico.
Nas notícias partilhadas especialmente pelos aficionados, pelos agentes participativos na modalidade e nos grupos especializados podia (e pode ainda) ler-se que o ciclismo será até 2025 a aposta do Desporto Escolar com o objetivo de “ensinar os alunos a utilizar bicicletas, dentro do recinto escolar, e promover a atividade física, com um horário destinado à modalidade”.
De certa forma, entende-se que o ciclismo será mais uma componente letiva, uma espécie de outra disciplina escolar e isso permitirá perspectivar que uma positiva transversalidade e aplicabilidade à vida quotidiana, fora do ambiente académico supervisionado, não sendo objetivo, não ocorra (nem com nem sem sucesso, simplesmente por não estar perspetivada).
Não admira, assim, que o comum dos cidadãos, dos contribuintes, dos utilizadores da via pública e das vias partilhadas (sejam elas eco ou ciclo ou pedovias, como se entitulem), ainda não se tenham dado conta da melhoria das condutas, utilização, condução e respeito por regras de circulação.
Talvez seja ainda cedo para tal impacto. Mas é de aspirar a tal!
Aliás! Será que a esta altura do ano letivo a Confederação de Profissionais de Educação Física e Desporto, a mesma que alertou para a falta de regulamentação, apontando o dedo à falta de regras claras para que as escolas soubessem como iriam funcionar as atividades, já poderá fazer um ponto de situação do que tem sido este primeiro período?
Pessoalmente, como professora, como ciclista, como cidadã atenta, não dei ainda pelo partilhar claro do projeto nem pelas vias de acesso a estas atividades – e muito gostaria de participar nelas ativamente, de poder cooperar, de fazer parte do processo e de crescer com ele!
Aliás, por altura do disseminar desta iniciativa do Governo, uma das apostas do programa do Desporto Escolar (DE) 2021-2025 inovadoramente assumida que retive foi a de proporem-se a “Ensinar a “pedalar”, seja de forma competitiva ou como meio de transporte”. Pareceu-me pedagogicamente vanguardista! Uma total rutura com um pensamento que procura todos os eufemismos para o vacábulo “competição” (como se ela não fizesse parte da vida real dos adultos que hão de vir). Mais, sobre esta temática, conversava ainda esta semana com pedagogo e especialista do treino, ambos refletindo e questionando a origem de tal “tabu” e perpetuar de práticas (pseudo)pedagógicas que evitam quer o termo “competitividade” quer “avaliação” – perdendo-se uma maravilhosa oportunidade de “ensinar” para a Liberdade em consciência (educação para a autonomia).
Contudo, esse é assunto para outro artigo. Neste interessa levar a pensar de que forma o programa do Desporto Escolar nomeado “Sobre Rodas” pode concorrer para que haja menos títulos trágicos sobre “Sub Rodas”. Será que os três milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência investidos na compra faseada de bicicletas de diferentes tamanhos deverá ser acompanhado de igual investimento na educação para o uso civilizado, responsabilizado e regulado da via pública? Será que os alunos que se inscreverem na modalidade poderão usar estas bicicletas nas horas atribuídas à atividade pelas escolas também na via pública com a devida supervisão técnico-pedogógica?
E não consigo evitar pensar na Eslovénia onde a prova de aferição para completer o 1º ciclo tem uma equivalente na emancipação dos jovens: o exame de Código e de Condução para aceder à Carta de Condução de Bicicleta. É desta forma que os jovens do 2º ciclo poderão deslocar-se, autonomamente, para a escola. Uma libertação! Um grito de independência! Um ato de integração e de respeito para com a comunidade! Um gesto de confiança da comunidade para com estes futuros adultos.
… Sim, Pogačar, o vencedor do Tour de France deste ano é Esloveno! Ele há coisas em que vale a pena pensar!
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