Easy is not enough / O fácil não é suficiente
Sobre os treinos nos rolos
É preciso um olhar que não seja superficial sobre o tempo que treinador e atleta dedicam às suas práticas; é preciso um juízo mais profundo e empático sobre o grau de compromisso que coloca um atleta, solitário, com watts a cumprir e batimentos a subir, pingando do couro cabeludo às pontas dos dedos dos pés, para compreender que o que os motiva é bem mais forte do que “olha, está a chover! Lá terá de ser!”.
Continuar a ler “Easy is not enough / O fácil não é suficiente”Deixe-me ir. Preciso andar.
Este texto deve de ser lido ao som da música “Preciso me encontrar” do artista brasileiro Cartola.
Dedicado ao meu amigo Mário Roma, “meu Rei”, sangue do Brasil Ride.
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Os “tens-de” de fim de época
Enquanto escrevia o texto, contudo, refletia sobre todo o percurso percorrido desde a primeira prova em 2008 (quando nem atleta federada era) até aos dias de hoje: foi um percurso rápido, aprendizagens que tiveram de se fazer rápidas, sentidas na pele e que me trouxe de um regionalismo tão local até uma internacionalização tão vasta e expressiva. Enquanto escrevia o texto, sublinhava a certeza de que é com trabalho que se cresce mas de que também é preciso sonhar, acreditar no sonho e contagiar outros com as nossas vontades. Penso que seja a forma tão intensa com que acredito no que posso fazer que consigo cativar e trazer para dentro das minhas épocas as melhores pessoas e os melhores eventos.
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Era importante poder morrer de quando em vez
Entre o elevar e o derrotado baixar de braços está a vontade, a atitude, um pensamento, um crer, um querer, uma força que é motora e suicida – como disse o poeta: era importante poder morrer de quando em vez, sobretudo naqueles dias de treino e de prova em que sobreviver cansa tanto. Continuar a ler “Era importante poder morrer de quando em vez”