Manifesto da vida da mulher do séc. XXI em Portugal

A mulher do séc. XXI não tem de ser mãe. Não, tem, de, ser, mãe. Pode ser mãe!
A mulher do séc. XXI não tem de ser mãe. Pode ser mãe se se tiver auto-suficiência para gerar uma vida!
A mulher do séc. XXI não tem de ser mãe. Pode ser mãe se for suficientemente autónoma para conceber, gerar e criar um outro ser humano útil para o mundo!
A mulher do séc. XXI não precisa de um homem – nem de uma mulher! A mulher deste século é emancipada, educada e estabelecida, autónoma e independente – segundo a sua vontade.
A mulher do séc. XXI não é uma vítima. A mulher deste século tem os seus direitos consagrados na Lei. Cumpra-se a mulher!

A mulher do séc. XXI tem o direito a trabalhar – e a não trabalhar – e a gerir a sua própria vida – e a da sua família (sem prejuízo do homem e das crianças do séc. XXI).
A mulher do séc. XXI tem o direito a usar calças – e saia e outras vestimentas que lhe agradem (até mesmo aquelas que não abonam a favor da sua anatomia).
A mulher do séc. XXI tem o direito a sair à noite, a frequentar todos os espaços públicos, a sentar-se no autocarro, a caminhar no passeio e cruzar estradas – tem também o direito a não fazer nada disto!
A mulher do séc. XXI não pode maquiar-se enquanto conduz. Não pode! Pode conduzir qualquer veículo mas não pode desviar a atenção desta tarefa.
A mulher do séc. XXI não deve usar as suas múltiplas competências em simultâneo. Pode mas não deve – especialmente enquanto conduz.
A mulher do séc. XXI é sexy. Uma mulher do séc. XXI é sexy mesmo quando não é feminina sem deixar de ser mulher.
A mulher do séc. XXI é mulher por vocação. Uma mulher do séc. XXI toma ação para ser mulher e para o deixar de ser segundo a sua vontade!
A mulher do séc. XXI tem vontade própria e assume a sua vontade! Assume-se nas suas vontades – de ser ou não mulher, de ter ou não parceiros(as) fixos(as), de ter ou não relações sexuais, de cozinhar ou não, de continuar a “oikonomia” ou não, de ser o que é ou não, assumindo-se sempre nas suas vontades.
A mulher do séc. XXI tem defesa própria. Uma mulher do séc. XXI não necessita de piedade ou de palmadinhas nas costas. Uma mulher do séc. XXI precisa do cumprimento da Lei em toda a sua medida.
A mulher do séc. XXI sabe de tudo e não sabe de nada e tem vontade de assim permanecer. Uma mulher do séc. XXI corre o mundo sozinha, viaja entre os planetas e uma mulher do séc. XXI em Portugal, em Guimarães, nunca verá o mar.

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