É tempo de jogo, de certa forma, um jogo de soma zero!
As trotinetas elétricas são incríveis ou terríveis?
Não passou muito desde que as trotitenas compartilháveis entraram na cultura popular das nossas vias. De princípio foram saudadas como arautos de uma nova revolução da micromobilidade, mas, vivida a experiência da partilha do espaço, são cada vez mais consideradas como uma ameaça à segurança pública.
A cidade de Guimarães rapidamente se viu invadida por um azul-celestial com a premissa de resolver o problema dos deslocamentos curtos! O slogan é apelativo: não suar nem se preocupar com o estacionamento. No entanto, o surgimento de frotas de compartilhamento de trotinetas criou muitos problemas para a cidade e as pessoas estão frustradas com a forma como aquelas estão a ser usadas.
Mas vamos por partes.
Quais as motivações para implementar e usar estas trotinetas?
Para o usuário final, os benefícios são evidentes. Usar um destes “brinquedos” é relativamente barato e simples. É uma maneira perfeita de comutar facilmente distâncias curtas – basta, através do aplicativo, alugar o veículo. Além disso, as trotinetas são divertidas de “pilotar”.
Simples de utilizar, podem ser deixadas em praticamente qualquer lugar, “à porta do destino”. Infelizmente, já antecipamos que as trotinetas sejam frequentemente deixadas em lugares aleatórios, bloqueando as vias de pedestres, sem respeito pelas diretrizes de estacionamento – na verdade, estas não existiam até há pouco e o que se anda a fazer é “limpar o leite derramado sobre o qual se chora”. Onde está a cidadania e o “uso cívico”? O que é o uso cívico? Parece tacanho que se tenha que legislar e direcionar para o estacionamento das trotinetas. Mas, não era esta a grande promessa desta “oferenda” do município? Um uso livre e despreocupado?! Qual presente envenenado! Quando o cidadão adquire um serviço, paga por ele, espera ser satisfeito nas suas mais-valias e, sem dúvida, o propósito destas coisinhas rápidas de duas rodas era levar-nos e deixar-nos à boca do destino! Se era para andar atrás de um lugar para estacionar parece-me que os utilizadores preferiam ir de carro! Se era para ficar longe da chegada, iam aqueles de autocarro! Andar a pé quando se pode ir movido a bateria não é opção pela qual queiram os nossos vimaranenses pagar! Pelo menos é o que se pode concluir pelo puzzle azul e preto em que se tornaram passeios e valetas, da cidade às freguesias.
Sem esforço físico, sem transpirar a vestimenta, de acesso democrático, de serventia dos dezoito aos oitenta femininos e masculinos (com capacete – convém não esquecer), as trotinetas elétricas teriam tudo para serem perfeitas não fosse terem-nas proposto a melhorar a (micro)mobilidade das cidades onde as frotas estão longe de serem perfeitas e o principal perigo cresce muito rápido – o desrespeito pelo espaço público partilhado sob o mantra “mova-se rápido e parta as coisas”. Às vezes, “mova-se rápido e silenciosamente e atropele os pedestres”.
Olha-se para a poluição visual deixada preocupados com as áreas públicas cheias de “e-trotinetas” vandalizadas, atiradas para o chão, deixadas no passeio, no meio da rua ou na beira da estrada (quando nunca dentro de uma fonte da vila como em S. Torcato?). Quem nunca desejou que acabassem com isto e retirassem estes arautos da sustentabilidade velocípede comunitária? Voltem as bicicletas elétricas! Estão perdoadas e o Estado comparticipa a sua aquisição e manutenção!
Aliás, qual a confiança que os cidadãos podem depositar nas baterias de curta duração? São as trotinetas elétricas realmente ecológicas? Certamente haverá estudos a oferecer respostas em função do mercado que pague melhor! Afinal, não se deixe enganar, tudo isto faz parte de um “jogo de interesses” entre candidatos num concurso em que “ser verde” é rama de cenourinha para a Europa atribuir títulos ecológicos! Parece consensual perante critérios generalistas que elas são melhores para o meio ambiente do que outros meios de transporte movidos a combustíveis. Porém, embora estes velocípedes sejam melhores para o meio ambiente, a vida útil da bateria de lítio é bastante curta e precisa de ser substituída a cada 300 a 1000 cargas, dependendo do fornecedor da bateria. Aparentemente há a possibilidade de programas de reciclagem de baterias, mas conhece-se um centro de processamento que lide com esse tipo de baterias no nosso município?
Mais, além dos problemas de processamento das baterias de lítio, existe a questão de recolher, ao final do dia, as trotinetas dos lugares onde foram “largadas” e recarregá-las. Vistas bem as coisas, é preciso uma viatura (normalmente movida a combustível fóssil) quer para recolher as trotinetas (do lugar de estacionamento ou de um qualquer ponto aleatório onde foram abandonadas), levá-las para recarregar e voltar a colocá-las nos pontos de aquisição.
Exposição feita, é tempo de jogo, de certa forma, um jogo de soma zero!
Artigo originalmente escrito para a minha colaboração mensal com Tempo de Jogo relativa a dezembro’22.
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