4 Verbos para uma “alimentação saudável (e económica)”

“Mas o que é que comes no dia a dia? É que esse tipo de alimentação é cara! Não se pode fazer todos os dias… E eu não quero ser vegetariano: não me estou a ver a comer só legumes!”

É assim – mais coisa menos coisa – que a maioria daqueles que me aborda sobre a dieta que pratico introduz as questões e dúvidas que tem sobre “alimentação saudável (e económica – diria)”!

Eu não gosto de rótulos – apesar de compreender que as etiquetas ajudam a organizar a informação. No meu caso, para além da preocupação com a minha saúde, preocupa-me a do ambiente e a de todos os animais (com pernas, patas, asas, escamas, …). Todavia, independentemente do rótulo de “Vegetariano”, “Vegano”, “Ovolacto”, etc., o que faz com que esteja a ler este artigo é o interesse em poder fazer uma alimentação saudável e económica.

Pois bem, eu não procuro ser nenhum Guru nem apresentar a chave para resolver os grandes problemas da humanidade mas espero, com a minha experiência, poder contribuir para escolhas mais esclarecidas e eficazes.

1- SIMPLIFICAR
A primeira orientação que penso que se deve de ter para uma alimentação saudável é a da “simplicidade”. Comer tem de ser um gesto simples – simples desde a seleção até à digestão, passando pelo armazenamento e confeção. “O-tal-biológico” (da moda) que dantes, e para mim, é o da terra e da época: o dos pobres (para tantos), direto da natureza, sem pacotes ou embalagens. O alimento é o ingrediente (e não necessita de uma embalagem com um rótulo em que cabe uma interminável lista de ingredientes adicionados que nos fazem dobrar a língua) e nem mesmo interessa se tem “BIO” a letras garrafais e pomposas na embalagem.

2- PLANEAR
Depois, acho que é muito importante ter um plano das refeições que pretende confecionar; selecionar para elas os produtos; e, antes de ir às compras, organizar uma lista do que pretende adquirir, considerando o que é de facto necessário.

Porém, não basta esta lista bem elaborada: é de igual importância saber onde aduirir os produtos. Pela minha experiência, o pequeno comércio tradicional e os produtos hortícolas da época diretamente do produtor são as melhores opções. Aqui, os chamados “produtos biológicos” (e os não processados) não sofrem a inflação do rótulo e são, de facto, da terra (até podem ir para sua casa com alguma terra, como é o caso do “meiozinho” do alho –francês). Quanto aos outros, do tipo da mercearia, nas lojas de rua, que normalmente estão há anos nas mãos de gente com muito “know how” e conhecimento sobre o assunto da “alimentação saudável, sem químicos, orgânica”, encontrará o melhor rácio “preço-qualidade” e um aconselhamento de valor acrescentado.

Hoje, estou consciente de que a minha decisão de compra influencia a cadeia de consumo e produção, economia e ecologia. Uma vez mais, não importa o rótulo de “Vegan” ou “Crudívoro”! O que importa é a “pegada”, o legado que deixamos para as gerações futuras. Ao procurar produtos orgânicos, fará com que a oferta tenha que aumentar; se optar pelo mercado local ou cabazes comprados diretamente ao produtor, estará não só a suportar a agricultura local, como terá acesso a alimentos colhidos mais próximos do amadurecimento.

3- CONHECER
É importantíssimo que saiba comparar preços! Nas primeiras saídas às compras vai custar-lhe um pouco de tempo mas, depois, não só saberá o que comprar mas onde o fazer. Para isso, consulte a informação nutricional que consta no rótulo daqueles produtos que aparentemente são iguais (apenas de marcas diferentes) e efetue o balanço entre “prós e contras”, privilegiando aquele que, de forma simplificada, apresenta o teor de fibra alimentar superior e menor valor energético, de gorduras ou lípidos (totais e saturados) e de açúcares ou glícidos de absorção rápida ou simples; evitando tóxicos, adubos químicos, antibióticos, hormonas e aditivos sintéticos. Uma vez mais, o aconselhamento de um bom profissional poupar-lhe-á tempo (e dinheiro).

Algo que aprendi a evitar comprar foram as refeições pré-cozinhadas. Mesmo que lhe pareçam baratas, do ponto de vista nutricional, enquanto alimentos processados industrialmente (e / ou) açucarados, não têm valor. Para além disso, ao confecionar as suas próprias refeições, controla melhor o gosto pelos temperos (sobretudo o sal). Atenção, por interessantes e apelativos que os produtos possam ser, não se deixe levar pela tentação e faça compras racionais, segundo a lista que elaborou previamente.

Para além disso, aprendi também, tanto pela leitura como pelas saudáveis conversas com aqueles que já antes de mim tinham iniciado o compromisso com as opções alimentares de impacto ambiental e económico, que as leguminosas secas, de baixo custo económico, têm imensos benefícios nutricionais. O feijão, grão, ervilhas e lentilhas secas e as ervilhas, favas e milho congeladas são exemplos de escolhas mais económicas. Quanto à composição nutricional, as leguminosas caracterizam-se pelo elevado teor de fibra alimentar e potássio, baixo teor de sódio e uma composição considerável em magnésio, zinco, ferro, fósforo e vitaminas do complexo B. Achei superinteressante ver uma partilha do Oriente que comparava 100gr de carne com 100gr de feijão, mostrando a riqueza e os benefícios daqueles.

4- CONTROLAR
Algo sobre o qual dou por mim a refletir (e, como alguém que anda pela vida como uma antena a captar todos os sinais, a criticar) é o pequeno-almoço! Com convicção afirmo: tome o seu pequeno-almoço em casa! Comece o dia com esse poder de controlar o que come! Pode parecer simbólico mas isto vai trazer-lhe benefícios emocionais também – para lá dos nutriticionais e económicos! Faz escolhas saudáveis porque os alimentos que comprou assim o são. É você que decide o que vai ingerir e não está refém dum menu de café ou pastelaria que não se adequa aos seus objetivos. Está a poupar imenso pois só com o que pagaria por um sumo já comprou 1l de bebida vegetal! Não desperdiçará os bens que estão lá em casa: o pão da véspera, aproveita-o para fazer torradas para o pequeno-almoço; o tomate que já está tão maduro faz uma preciosa compota para barrar o pão!

Em casa ou se tem de fazer a sua refeição fora de casa, escolha uma sopa! Com ela inicie as refeições principais porque é favorável do ponto de vista económico, tem potencial saciante e um bom aporte de vitaminas, sais minerais e fibra alimentar. Porém, ou já tem um local de eleição, onde conhece bem a cozinha e onde as suas escolhas são tidas em consideração (eu assumo que comer fora é já como ir a casa dos amigos pois, entre o Oriente e o Gosto Superior, não troco a minha cozinha), ou, sempre que possível, coma em casa. Se é do tipo de pessoas que planeia o seu dia a dia, sabe quando não o vai poder fazer e, por isso, experimente levar consigo uma refeição preparada por si. As “marmitas” estão na moda e os sacos isotérmicos e o micro-ondas no local de trabalho e / ou grandes superfícies serão ótimos aliados. Contudo, se para si estas opções não são a solução, substitua os habituais almoços em cadeias de fast-food pelas refeições do refeitório, por exemplo, ou opte por nesse dia fazer uma refeição mais leve mas igualmente nutritiva (uma sopa, um arroz de feijão bem tradicional, uma massa de grão-de-bico, etc.). Para além de poupar, consegue manter hábitos alimentares adequados e soma mais saúde. Se comer fora de casa, não tenha problemas com “a pompa”: ou as entradas representam uma boa escolha ou então esqueça-as; se sobrarem alimentos, peça uma caixa e leve-os consigo (estão pagos, não estão?). Partilho que sou do tipo de sair de casa com marmita (para levar ou para trazer)! Normalmente tenho de realizar os meus lanches da tarde fora de casa, entre treinos, e, por isso, saio de casa precavida com alimentos para controlar o aporte (proteico e de hidratos) de que necessito e poupo imenso.

Assim, não viva para comer. Nutra-se para viver! Viva com saúde física, mental e afetiva / emocional.

P.S. – Grande parte da informação que tenho vindo a partilhar convosco, neste e noutros artigos, foi-me passada pelo Dr. António Moreira, pela enfermeira “Nucha” e pela Dona Iolanda (a quem devo receitas) da Clorofila. Estou certa de que muitos já repararam no #clorofilamedicinanatural ou no @clorofilamedicinanatural dos meus diários e posts. Ora, o que é, então, a Clorofila Medicina Natural?

A Clorofila Medicina Natural é um centro dietético que promove a importância dum estilo de vida saudável (porque a saúde do ser humano depende da conjugação de vários fatores, sendo a alimentação apenas um deles). Difunde este estilo de vida através dum leque muito variado de opções e da devida análise das pessoas que procuram estes profissionais e da compreensão da sua situação (clínica, emocional, etc.).

Foi com uma lista de questões (e não de compras) que abordei pela primeira vez a Clorofila: ética, compromisso, nutrição e saúde eram parte dum novelo que, 3 anos depois, está com as pontas desenlaçadas! É por isso que considero que o mais importante para “controlar” as escolhas que faz é conhecer-se bem e fazê-lo com a supervisão de especialistas na área: perceba como se sente após ingerir determinados alimentos, quais as reações intrínsecas, o que traz mal estar, dor de cabeça, dor no estômago, azia, sonolência, irritação, problemas de intestinos. “Independente do que dirá o seu médico de família, nutricionista ou Naturopata, há alimentos que o podem afetar a si especificamente e é importante que os reconheça.” Não tenha receio de sair do “sempre foi assim”, “desde pequeno que como disso”, “Ah! Isso tem cá um aspeto… Imagino o sabor…” O paladar educa-se! Tem dúvidas? Já olhou para o plano alimentar duma criança desde que ela nasce até aos 12meses?!

De facto, a Clorofila surgiu com a intenção de ultrapassar a incapacidade de resposta da visão tradicional da saúde para vários problemas da sociedade atual, tratando-se dum projeto pioneiro – pioneiro ainda hoje, quando tanto procuramos entender sobre outros estilos de vida e de dietas, e muito mais há 20 anos atrás. Aquela resposta tomou forma num espaço em que encontramos: alimentação biológica (cereais integrais, granolas, mueslis, pão sem fermento, oleaginosas, frutos secos, alternativas aos lácteos, substitutos da carne e do peixe, sumos e bebidas vegetais, chocolates artesanais) e dietética; fitoterapia e plantas medicinais em chãs e extratos padronizados; suplementos com os nutrientes aconselhados para diversas patologias; suplementos alimentares, de desporto e emagrecimento (saudável e fisiológico); cosmética natural e biológica para todo o corpo.

Já agora, lembra-se do que disse sobre o impacto positivo das suas escolhas na economia? Pois, a Clorofila é um projeto de comércio local que completa este ano duas décadas de atividade! Tal história de sucesso deve-se a clientes interessados que encontram no número 183 da Avenida D. João IV, em Guimarães, de segunda a sexta, das 9h30 às 13h e das 14h30-19h30 (sexta feira até às 17h), qualidade e preços de excelência que se destacam da concorrência impessoal dos grandes espaços.

Simples, planeada, com conhecimento e controlo, seja a sua alimentação a sua medicina natural!

«Que o seu remédio seja o seu alimento e que o seu alimento seja o seu remédio». (Hipócrates)

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