No país em que as carroças andam à frente dos bois

Há um país pautado por uma certa ordenada desordem onde os dias passam e os acontecimentos sucedem-se regrados por leis desgovernadas de ministério.

Esse país causa sensação entre os demais. Desde logo porque há tanto a acontecer às avessas, mas porque de entre todas as singulares tarefas uma salta à vista: as carroças andam à frente dos bois. É um espetáculo não só digno de ser visto, mas, mais ainda, de ser estudado pelas restantes nações. As demais comunidades boquiabertas observam a espetacularidade do cortejo.

Então e os homens? Neste cortejo os homens não são nem perdidos nem achados: à medida que a cena progride, eles e elas deixam-se arrastar pelas bestas cujas mudas vontades se ouvem nas engrenagens das carretas (ora enferrujadas ora desengorduradas)!

 

Continuar a ler “No país em que as carroças andam à frente dos bois”

É como andar de bicicleta

Só que é mesmo a “andar de bicicleta”!

Eles passam e vão atordoados! Os veículos seguem no ensaio da cegueira com pressa para chegar a lado nenhum porque não há destino mais valioso do que o afeto que nos espera a todos (sem exceção).

Continuar a ler “É como andar de bicicleta”

“Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”

Se os portugueses já passaram a considerar os apoios fiscais e o reembolso de certa quantia na aquisição de bicicletas, a proposta da criar um incentivo no valor de 0,24€/km pedalado para quem utilize a bicicleta no contexto casa-trabalho ou casa-escola (num valor máximo de 600€/ano/pessoa) por certo que integraria bem a ordem de trabalhos de qualquer partido político.

Mas, será que este valor convence, de facto, os portugueses a fazerem-se à estrada de bicicleta para o trabalho e para a escola? Será que não valerá a pena ampliar este incentivo, tornando-o realmente significativo para o rendimento das famílias e alargá-lo para lá daqueles dois usos?

É que as pessoas não vivem só na cidade.

Continuar a ler ““Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço””