“(…) num país tropical, abençoado por Deus E bonito por natureza em(…)” outubro tem Brasil Ride no sul da Bahia! 🎶
A Costa do Descobrimento foi uma vez mais o palco escolhido para uma das principais provas por etapas de BTT (bicicleta todo o terreno) do mundo – com classificação S1, 1ª categoria, pela UCI (União Ciclista Internacional) -, sendo a maior competição do género das Américas! Razões para a imponência do evento são: o número de etapas (7), os km que se percorrem (600km) e a altimetria acumulada alcançada (13.000 m)! Foram sete dias num cenário perfeito para, mais do que uma prova, viver uma das maiores experiências da minha vida (quer a nível desportivo quer a nível pessoal e profissional)!
Apercebi-me, desde logo, de que o evento teve o seu nome expandido, Santander Brasil Ride Bahia. O patrocínio do grupo bancário global resultou em que as competições do circuito Brasil Ride passassem a ter concessão do naming rights. Isto demonstra a relevância do ciclismo para os mercados.
A 2ª novidade desta edição da Santander Brasil Ride Bahia e que gerou bastantes dúvidas e questionamento foi a estreia da categoria Individual para os atletas da Elite com licença UCI e/ou CBC masculino e feminino. Esta foi a minha situação: depois de ter participado em 2018 e 2019 no formato anterior, em dupla elite feminina UCI, desta vez apresentei-me a solo pela Casa Myzé Team consciente do enorme desafio que tal representa.
Arraial d’Ajuda é mais do que o ponto de partida para esta competição planeada para 7 dias consecutivos: Arraial d’Ajuda, em Porto Seguro, é o ponto onde os primeiros portugueses aportaram no Brasil, em 1500, e a prova chega mesmo a contornar aquela que foi a primeira igreja erguida pelo bravo povo lusitano numa terra de Indígenas. É aqui que se desenrolou o Prólogo de 20,8 km e 396m de altimetria.
Depois do dia de prólogo, a 1ª etapa longa de 128km e 2660 m de desnível positivo previa levar os atletas em direção ao interior, percorrendo as montanhas que dividem os estados da Bahia e Minas Gerais, até ao acampamento em Guaratinga. Foi já neste dia que a natureza mostrou toda a sua grandeza e o porquê de ser um elemento que faz parte do próprio desporto: as tempestuosas chuvas tornaram o trajeto inviável e inseguro para os atletas e toda a comitiva de logística. “Em 12 anos nunca a ultramaratona teve uma situação como essa.” 24 de outubro de 2022 assinala a primeira vez que uma etapa foi cancelada no Brasil Ride (e eu posso confidenciar, por larga experiência no nível de competição, que é muito raro comissários e organizações cancelarem uma etapa). Posto isto, a segunda-feira foi passada no Mercatto Casa Hotel, a treinar nos rolos, dada a situação climatérica. Penso que a maioria dos atletas realizaram os treinos para manter o corpo – e a mente ativos. O campeão mundial, Tiago Ferreira,também ficou a treinar indoor em duas sessões de 1h, na parte da manhã e da tarde, para não ficar parado, aproveitando, também, para descansar um pouco mais; Gustavo Xavier e a equipe Specialized BR preferiram fazer um treino mais tranquilo na rua de duas horas e meia, cerca de 70 km, uma sessão de fisioterapia, alguns exercícios de mobilidade e descanso.
Foi preciso aguardar não só que a precipitação e o vento estabilizassem mas também dar tempo para que as estradas, de terra vermelha (tipo argila), drenassem. Posto isto, largamos na 3ª feira para uma etapa inédita em Arraial, desenhada como plano B: 57,2 km e 711m de altimetria acumulada compostos por 40% de singletracks, trechos em downhill, raízes e onde nos esperaram enormes poças (minilagos) deixados pela intempérie. Tal como antecipou o Gustavo, dependendo da característica do atleta, o day off pode ter grande interferência na performance no dia seguinte, numa etapa mais difícil por ser curta mas com intensidade alta e com lama – eu fui uma dessas atletas que não reagiu bem ao “dia sem competição”. Esta foi a 4ª novidade com que a 12ª edição da BR nos surpreendeu!
Chegou o dia de nos deslocarmos para o acampamento em Guaratinga. O temporal continuou a interferir com as características da prova e somaram-se km e m de altimetria: a 3ª etapa de 2022 ficou marcada por soberbos 134km com 2740m de acumulado e por um volte-face nas condições meteorológicas com o sol forte e calor extremo a marcarem o dia. As temperaturas, nestes dias, chegou a estar em 40ºC à hora de partida e, durante a etapa, atingiu os 45ºC. O meu corpo ressentiu-se desta mudança abrupta e, apesar de ter feito um ótimo tempo nesta etapa, batendo os meus recordes de 2018 e 2019, permitindo-me consolidar o meu lugar entre o top 5, o certo é que a minha continuação em prova foi desencorajada pelo corpo médico e os próximos dois dias foram bastante difíceis de concretizar pelas consequências da rabdomiólise.
Quanto às características da prova, realizamos como planeado a etapa rainha em Guaratinga e retornamos a Arraial na sexta-feira sempre acompanhados por temperatura elevadas e sol intenso.
Com um dia a menos no calendário, a clássica etapa no circuito de XCO (cross country olímpico) a percorrer em 4 voltas de 7,45 km com 124 m desnível + cada foi sacrificada e excluída. Restou cumprir o último de sete dias com a 6ª etapa em Arraial num sábado em que, pouco mais tarde, a juntarem-se aos 500 atletas da ultramaratona mais 1500 participantes para a Maratona dos Descobrimentos.
Depois de tantas provações, cumpri a tradição do mergulho no mar quente e calmo do distrito de Porto Seguro na companhia de uma das minhas adversárias que os km fizeram amiga, Nicoly. Depois dos 7 dias na ultramaratona fomos, como diz o pregão, “lavar a alma”.
Saída da “bolha”, constatei que o vilarejo rebentava pelas costuras colorido pelas camisetas do evento – andei pelas ruas nos dias seguintes e todos, numa ou noutra participação, fizeram parte do Brasil Ride e envergavam a t-shirt alusiva.
Brasil Ride Bahia também é isto! O evento representa um legado social e impacto económico para a região, marcando a abertura do verão em Arraial d’Ajuda. Os hotéis registam ocupação máxima, o comércio e os serviços enchem-se com grande movimentação e são gerados mais de 400 empregos diretos – além dos indiretos.
Brasil Ride 2022 – Mais do que uma prova… Uma etapa em sua vida.
Depois de 2018 e 2019, será esta a última?
RELEMBRO:
UNIFORME BRASIL RIDE 22 MTB WEAR – Vestuário Esportivo em que cada pedacinho de cor é um dos mecenas que contribui com donativo para o crowdfunding! Estão todos representados!
Clica no link e sabe como ajudar também! Estarás todos os dias comigo! https://tempodejogo.pt/noticias/ilda-pereira-aponta-ao-brasil-ride-campanha-crowdfunding-para-ajudar
Artigo originalmente escrito para a minha colaboração mensal com Tempo de Jogo relativa a novembro’22.
MTB WEAR – Vestuário Esportivo
Treinador: BM High Performed TrainBruno Magalhães
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Shine Superfoods cupão ILDAPEREIRA
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