Greg Minnaar, na Lousã, impôs-se entre a elite masculina na prova da Taça do Mundo de DownHill Mercedes Benz.
Eu estive a ver. 81. Um atleta de 81 a disputar a Taça do Mundo de DH chama a minha atenção. Esse atleta mostrou o quão competitivo é e logrou a melhor marca do dia.
Provavelmente falamos do “maior ciclista de downhill da história” e eu quis saber mais sobre o que sustenta esta ponta visível de um iceberg de constância bem-sucedida.
Será que posso continuar a pedalar estando menstruada?
Provavelmente esta é a questão mais associada ao duo “Atletas femininas”. Porém, no meu caso, já há muitos anos (quase tantos quanto aqueles em que compito enquanto atleta elite), a questão foi: será que é saudável continuar a treinar NÃO menstruando? Habituei-me ao facto. Aliás, sem pudor, afirmo que até sentia alguma vaidade em estar entre as atletas elite cuja constituição e performance se revertia nessa amenorreia e mesmo que os profissionais de saúde e fisiologia me dissessem que era importante repor os ciclos menstruais. Como não tencionava engravidar, sentia até um alívio em não atravessar aquelas fases. Verdade seja dita que, durante imensos anos, a própria comunidade científica e desportiva não via qualquer problema nas atletas amenorreicas. Porém, hoje o pensamento especializado é outro. Até as pedras mudam perante a força dos agentes erosivos, e eu também mudei! Compreendo o meu corpo e toda a minha existência como uma unidade que deve de estar em harmonia com a sua natureza.
Razões não só para o suportar como para o integrar num plano de treinos regular
Fazer rolos soa a dias de adversidade meteorológica (extrema, até, para muitos) em que não é possível sair em segurança. Fazer rolos soa também a tédio, monotonia e aborrecimento! Eu sei que nada vai substituir o prazer de andar de bicicleta ao ar livre, mas isso não significa que seja a única maneira de obter resultados: há vários estudos científicos que já comprovaram a eficácia do uso metódico de rolos. Ou seja, afinal treinar no rolo pode ter muitos outros benefícios para além de evitar a chuva gelada e os ventos fortes.
Chegou o momento em que, de livre vontade, tomei a iniciativa de realizar quer os treinos de fullbody quer os de ciclismo dentro de casa. Volto a dizer que “não sou médica nem tenho formação na área e não pretendo dar lições de moral (nem “lições de mural”). Todavia, depois de ter já partilhado no Instagram e no Facebook algumas recomendações que me chegaram pelo Manual de Boas Práticas para atletas e agentes desportivosUVP – Federação Portuguesa de Ciclismo ( DA MESMA FORMA QUE CHEGARAM A TODOS OS CLUBES E ATLETAS), entendo que os treinos ao ar livre são mais susceptíveis a acidentes e não quero sobrecarregar o nosso Sistema Nacional de Saúde e os nossos profissionais de saúde com algo que está nas minhas mãos e que é da minha responsabilidade e também não quero dar a mínima hipótese a este vírus de chegar perto dos mais vulneráveis, servindo-se de mim! Assim, depois da fase em que realizei os treinos em ISOLAMENTO SOCIAL por itinerários bem recônditos, #ficoemcasa.