Maio das ciclistas amadoras

É hoje dia 1 de maio, feriado, “dia do trabalhador”, data em que se assina o “Dia Internacional dos Trabalhadores” e comemora centenários movimentos trabalhistas reivindicativos por melhorias nas condições de trabalho.

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No país em que as carroças andam à frente dos bois

Há um país pautado por uma certa ordenada desordem onde os dias passam e os acontecimentos sucedem-se regrados por leis desgovernadas de ministério.

Esse país causa sensação entre os demais. Desde logo porque há tanto a acontecer às avessas, mas porque de entre todas as singulares tarefas uma salta à vista: as carroças andam à frente dos bois. É um espetáculo não só digno de ser visto, mas, mais ainda, de ser estudado pelas restantes nações. As demais comunidades boquiabertas observam a espetacularidade do cortejo.

Então e os homens? Neste cortejo os homens não são nem perdidos nem achados: à medida que a cena progride, eles e elas deixam-se arrastar pelas bestas cujas mudas vontades se ouvem nas engrenagens das carretas (ora enferrujadas ora desengorduradas)!

 

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A (des)igualdade de género no PAO da FPC

Ela acorda e, ainda a enfrentar os primeiros goles de cafeína matinal, choca com as notícias dos desportivos nacionais. Salta de um para outro, dos mais generalistas às revistas da especialidade. O ecrã do telemóvel difunde, mais vírgula menos vírgula, o mesmo conteúdo: “A Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Ciclismo aprovou o plano de atividade e orçamento para 2023, que ronda os cinco milhões de euros, e os calendários das diversas disciplinas para a próxima temporada.”

Estorcega os lábios. Franze o sobrolho. Despertou-lhe mais a curiosidade do que o americano. Os textos avançam no profissional masculino. Eis que lê algo que a faz saltar da cadeira: “Na próxima temporada a categoria de elite vai ter 71 dias de competição, 54 em 11 provas por etapas e 17 em corridas de um dia (…). A Volta a Portugal para as categorias inferiores tem datas definidas: Volta do Futuro de 1 a 4 de junho, Volta de juniores de 24 a 27 de agosto, Volta de cadetes de 18 a 20 de agosto e Volta feminina de 27 a 30 de julho.” “Categorias inferiores”? “Volta feminina”? Uma explosão de questões enfurecidas assombra-lhe o pensamento.

– Quem é o “pseudoprofissional dos media” que (in)forma assim a opinião pública sobre o ciclismo feminino?

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Notícias do ciclismo nacional sem prazo de validade

Durante as últimas semanas a Volta a Portugal alegrou os dias dos portugueses. Aficionados, ou nem por isso, Portugal esteve à Volta da festa sobre rodas!

A Volta deu que falar (e muito) ainda antes de sair à rua devido ao caso da perda da licença desportiva da W52 – FC Porto. Faltou a equipa e faltaram os adeptos acérrimos a engrandecer a moldura humana que nos habituamos a ver a acompanhar a caravana.

Diz o povo que “enquanto os cães ladram, a caravana passa”. Passou a Volta, sempre adorada; mas, enquanto passavam as bicicletas, totalmente despercebidas passaram (uma vez mais) importantes decisões da Federação Portuguesa de Ciclismo tomadas em sede muito própria. Primeiro, decidiram em pelouro apropriado que Portugal não usaria as vagas totais disponíveis que os atletas haviam conquistado e que não compareceria ao Tour de l’Avenir.

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É como andar de bicicleta

Só que é mesmo a “andar de bicicleta”!

Eles passam e vão atordoados! Os veículos seguem no ensaio da cegueira com pressa para chegar a lado nenhum porque não há destino mais valioso do que o afeto que nos espera a todos (sem exceção).

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